quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Natal

É a capital do Estado de Rio Grande do Norte no Brasil. Lá trabalhei durante quatro anos de 1998 a 2002.
Reza a história que a cidade de Natal foi fundada no dia de … natal!
Corria o ano de 1599 e Portugal encontrava-se ocupado pelos seus vizinhos espanhóis.
Adorei lá trabalhar. Adorei lá viver. Adorei aquela gente. É, para mim, a melhor cidade do Brasil. A dimensão do Rio, SP ou BH torna-as cidades fantásticas. Mas nenhuma delas tem o encanto de Natal. Ponta Negra é o ex-líbris desta maravilhosa e pacífica cidade brasileira. Todos os anos faço questão – de honra! – de passar alguns dias em Natal.


Natal. Outro natal. A data, o acontecimento, o nascimento que é celebrado nesse dia. O The New York Times tem hoje por cima do seu logo a mensagem, com link para contribuição, “Hoje é véspera de Natal. Lembre-se dos mais necessitados”. É uma mensagem louvável. É uma contribuição para uma causa, não direi nobre, mas útil. Necessária. Eu contribui. Não com o que devia, é certo. Mas contribui. Sei que a minha contribuição em nada contribui para acabar com os mais necessitados. Os mais necessitados, os mais pobres, os sem-abrigo e indigentes são necessários. Sem eles não havia comissões para o combate à pobreza. Sem eles não podíamos fazer a nossa acção de graça nesta data festiva. Festiva para nós, não necessitados. Os outros não são apenas necessitados, são também necessários.
Se os pobres deixassem de existir, nós os ricos morreríamos no segundo seguinte.

Nota de rodapé:
Há cerca de dez meses o meu amigo Luís T convidou-me para escrever para o blog que ele iria criar. Recusei. Estava na altura numa missão que me impedia de publicar fosse o que fosse, mesmo sob pseudónimo. Hoje, apesar de estar a mais de 10 mil km de Portugal, decidi escrevinhar alguns textos. Até que a Drª. Deolinda termine a sua tese.

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