domingo, 26 de setembro de 2010

A Utopia

 
Na juventude, especialmente na adolescência, o reino da utopia é o nosso reino.
Adoramo-lo! Não por ser utópico, mas por ser a nossa realidade.
Sentimo-nos incompreendidos quando os outros – especialmente os mais velhos – não concordam connosco, não nos compreendem.
É, sejamos sinceros, a melhor fase das nossas vidas. Os problemas são tão mesquinhos, as soluções tão fáceis que até dá dó, mas, incompreensivelmente só nós é que vemos o mundo assim. Parece que os outros (cotas!) andam com uma depressão crónica que só vêem complicações e problemas insolúveis.

É utópico desejar a gratuitidade da saúde para todos?
Não, não é.
É correcto o Sr. Engº La Féria, empresário agrícola, deslocar-se ao hospital de Beja com uma cólica e ser atendido gratuitamente?
É correcto.
É correcto o Barata, com uma reforma de 365 euros após trabalhar uma vida inteira para o pai do Sr. Engº La Féria, ter que pagar os medicamentos essenciais à sua sobrevivência?
Não, não é correcto.
Ou se calhar estou a ser demasiado infantil. Utópico.
 

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