sábado, 2 de abril de 2016

O orgulho de ser português


Às vezes – muitas, demasiadas até – dizemos mal deste país a que pertencemos (e que nos pertence!) como se ele não fosse apenas e só o reflexo de todos nós. Falo de Portugal, se se passa o mesmo em outros pouco me importa.
Às vezes, também, ouvimos e lemos testemunhos de uma Portugalidade vindos de onde menos se espera e nos comovem. Falo por mim, obviamente.
É um pequeno/grande testemunho dessa Portugalidade que Vos quero apresentar. Trata-se de um artigo intitulado “Ki Nobas?” publicado em 15-03-2011 no extinto sítio Raia Diplomática de autoria de Cátia Candeias. Um pequeno excerto:
«Um dia, uma amiga chinesa visitou-me em Malaca e levei-a a conhecer a comunidade. Cruzámo-nos com o Senhor António, que caminhava com o seu carrinho de mão e as suas redes de pesca ao longo da rua Teixeira. Apresentei-o falando em inglês, dizendo que era o meu amigo António. A minha amiga disse “Hello Anthony”, ao qual ele respondeu “My name is António, Portuguese name” apertando a mão e sorrindo. (…) Conheço gente com verdadeira alma lusitana sem nunca terem visitado Portugal. Sentem-se portugueses, sem renegarem a sua nacionalidade Malasiana. Houve uma evolução diferente do Português na comunidade luso-descendente de Malaca, uma evolução que resultou da simples vontade e necessidade de querer comunicar na língua materna. Foi esta vontade, este sentir, esta necessidade de se identificarem com os seus antepassados que permitiu que ainda hoje se possa ouvir em Malaca: “Sou Português”.»
Sinto-me pequeno perante este tipo de testemunhos.




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