segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

O post do mês de fevereiro

 
Não é a primeira vez, e seguramente não será a última, em que elegemos um post de 2 ou 3 coisas como o melhor do mês.
Este homem, embaixador português em Paris, escreve bem. E encanta-nos com as suas histórias de um meio a que muito poucos têm acesso – o diplomático.
Este mês escolhemos como o melhor de Fevereiro este post que termina com uma frase desconcertante.
Parabéns senhor Embaixador.

Navegações

Era no tempo em que, no palácio das Necessidades, ainda havia ocasião para longas conversas (mas podia passar-se hoje...). Um jovem diplomata, em diálogo com um colega mais velho, revelava o seu inconformismo. A situação económica do país era complexa, os índices nacionais de crescimento e bem-estar, se bem que em progressão, revelavam uma distância, ainda significativa, face aos dos nossos parceiros. Olhando retrospetivamente, tudo parecia indicar que uma qualquer "sina" nos condenava a esta permanente "décalage". E, contudo, olhando para o nosso passado, Portugal "partira" bem:
- Francamente, senhor embaixador, devo confessar que não percebo o que correu mal na nossa história. Como é possível que nós, um povo que descende das gerações de portugueses que "deram novos mundos ao mundo", que criaram o Brasil, que viajaram pela África e pela Índia, que foram até ao Japão e a lugares bem longínquos, que deixaram uma língua e traços de cultura que ainda hoje sobrevivem e são lembrados com admiração, como é possível que hoje sejamos o mais pobre país da Europa ocidental.
O embaixador sorriu, benévolo e sábio, ao responder ao seu jovem colaborador:
- Meu caro, você está muito enganado. Nós não descendemos dessa gente aventureira, que teve a audácia e a coragem de partir pelo mundo, nas caravelas, que fez uma obra notável, de rasgo e ambição.
- Não descendemos? - reagiu, perplexo, o jovem diplomata - Então de quem descendemos nós?
- Nós descendemos dos que ficaram por aqui...

Postado por Francisco Seixas da Costa em 15/02/2011
 

domingo, 27 de fevereiro de 2011

A escola do Daniel

 
Publicou a Rádio Pax na passada 5ª feira, 24, uma crónica de Hugo Lança sobre o Daniel. Chamou-lhe Daniel, também podia chamar-lhe Pedro ou Joana.
O Hugo Lança olha e retrata o Daniel de uma forma diferente da nossa.
Este Daniel não nos interessa. Envergonha-nos.
Nós - que somos educados, civilizados e cultos - não gostamos do Daniel.
É tão cómodo para nós tratá-lo como delinquente.
É tão fácil resolver o problema do Daniel... metendo-o na cadeia.
E dormimos tranquilamente. E sonhamos com os anjinhos.
Até que um dia...

Parabéns ao Hugo Lança por nos mostrar uma realidade que nós fazemos questão de ignorar.

Eis a crónica:

Daniel gosta de ir à escola! Tem notas muito baixas, nunca fez os trabalhos de casa – até porque na casa de Daniel nunca entrou um livro -, os professores dizem que é desatento, os colegas queixam-se que Daniel é agressivo, mas o Daniel, contrariamente aos outros petizes, gosta de ir à escola!
Daniel não perde tempo a jogar playstation, não passa horas no facebook, não consome cinco horas de televisão por dia! Daniel ainda brinca na rua, ainda corre atrás de uma bola, pedala numa bicicleta, ainda conhece os cheiros da rua, os frutos da terra!
Daniel, contrariamente à esmagadora maioria dos gaiatos da sua idade, não gosta das férias! Por vontade e graça de Daniel, iria todos os dias à escola! Ainda que, para chegar à escola, tenha de acordar às sete da manhã, apanhar um autocarro feio de podre, velho e frio, porque alguém sentado num gabinete com ar condicionado, entendeu que era boa ideia começar as aulas às oito, ainda que o termómetro chore de frio!
Daniel não liga às roupas de marca e é dos únicos da sua aula que não tem telemóvel! Ouvi mesmo comentar, que uma televisão está a ponderar vir entrevista-lo, por ser um dos poucos portugueses que consegue sobreviver sem telefone no bolso! Daniel não gosta muito de tomar banho no inverno e gosta tanto das suas peças de roupa, que chega a usar a mesma roupa por vários dias!
Daniel adora a escola porque é na escola que toma a única refeição decente do dia! Daniel sonha em saber quem é o pai e fica triste por ver a sua mãe, uns dias drogada, outros bêbeda, a perder a juventude entre o café e casa, ou em sítios que Daniel prefere fingir que não sabe, enquanto esbanja o pouco que recebe do rendimento mínimo.
Dizem que Daniel é um puto problemático! Porque Daniel mente, rouba, bate, chama nomes e faz asneiras! Porque Daniel muitas vezes está sujo e chega a cheirar mal, porque Daniel bate nos coleguinhas, tem dificuldades em socializar e o único argumento que conhece é a força da violência! Daqui a meses Daniel faz 16 anos! Felizmente! Porque aos dezasseis já não é um puto e já pode ir preso! Porque deixa de ser um miúdo com problemas e passa a ser um criminoso! E ninguém deixa de dormir porque se prendeu um criminoso…

  

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Beleza em concurso

 
Concurso de beleza em Verden, Alemanha.
Esta fotografia foi tirada na passada quinta-feira, 24.
Pessoalmente, desconheço as medidas ideais para este concurso.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Gestão danosa?

 
Publicou o blogue jansenista no passado dia 17 uma mensagem no mínimo preocupante.
Não sou economista, mas olhando para esta mensagem fico com uma dúvida:
O que andam a tramar a bem da nação?
O blogue Lobi do Chá, não ficando atrás, pergunta hoje: Podemos pôr o Estado em tribunal por gestão danosa do dinheiro público?
Mensagem do jansenista:

É mesmo para pagar? Esperemos que não

Um país em recessão e que, quando resolve crescer, nunca cresce acima dos 2% (e sabe Deus) anda a endividar-se a juros anuais de 6 ou 7% para quê? A situação não admite, sequer, interpretações alternativas, e resume-se a isto: ou o país não tenciona pagar o capital mutuado e renega-lo-á mais para a frente (com a reacção que se imagina), ou então está a comprometer inteiramente a viabilidade financeira de um futuro não muito distante, e por muitas gerações. Esta é a crua realidade; ou como se diria no ambiente anglo-saxónico, esta é a realidade "sine stercore tauri".

Publicado por Jansenista em 17/02/2011
 

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Quem te deu licença de morrer?

 
É este o título da crónica de António Lobo Antunes na Visão.
Por vezes agressivo, outras de uma doçura desconcertante Lobo Antunes continua a escrever como ninguém: brilhantemente!
Eis a crónica do meu escritor predileto.

Quem te deu licença de morrer?

Soube ontem que o Pontinha morreu em agosto. Era pobre demais para que alguém se interessasse por ele, falasse dele. Vivia na franja da miséria, com uma reforma ridícula, que tentava melhorar engraxando sapatos, aos domingos, no Campo Grande. Nunca o vi maldisposto, nunca o ouvi queixar-se. Aceitava. Foi ordenança da messe de oficiais em Marimba, cortava-me a comida em bocadinhos de dois por três centímetros, que eu conferia com uma fita métrica, no pretexto do tamanho da minha goela. Um milímetro a mais e soltava um berro
- Pontinha
mostrando-lhe, de dedo apontado, que não cabia. O Pontinha levava aquilo para dentro e procedia a novas medições. No encontro anual da Companhia fazia questão de me preparar o almoço, às vezes mandava-o sentar-se ao meu lado e o Pontinha, impante, designando os outros soldados
- Mijam-se todos de inveja de eu estar aqui à sua beira
a triunfar, radiante de júbilo, torto, feio, feliz. Não usava arma, trazia um pano sujo pendurado do ombro. A higiene não era o forte dele mas, na desgraça em que vivíamos, quem se ralava com isso? Várias vezes lhe ordenei
- Tira o polegar da minha sopa
O Pontinha tirava, chupava-o, perguntava-me
- Já está limpo, não está?
e, sem dar por isso, metia-o lá dentro outra vez. No meio daquela água chilra distinguia-lhe o cuspo, e engolia o polegar, água morna e alguns feijões. À tarde, se estava no aquartelamento, pedia-lhe chá e torradas, mais duras que os meus dentes, com uma leve sombra de manteiga em cima. Quanto ao chá sabia, em partes iguais, a borras de café e a Pontinha. O Pontinha era atirador, mas como a sua coragem se mostrava um bocado vacilante passou para a messe, um casinhoto horrível, diante do pau da bandeira e das trovoadas. O segundo comandante, de quem eu gostava
- Porque é que vocês têm aqui esta coisa?
fitando o Pontinha num desgosto à beira das lágrimas, e no entanto mantivemo-lo firme, com a sua sujidade e os seus dentes mal plantados, porque o Pontinha era tão mau que se tornava esplêndido e dava um vago colorido às nossas tristes existências. Acho que acabámos por ter uma certa ternura por ele
(que palavra tão esquisita na guerra, ternura)
e nos comovia o seu desamparo. Se calhar ele também tinha uma certa ternura por nós e comovia-o o nosso desamparo. Epidemias de cólera, solidão, saudades. Só o Pontinha se me afigurava contente no meio dos seus tachos em desordem: servir os senhores oficiais, que privilégio. E este agosto morreu. Nos encontros da companhia admitia que a mulher lhe dava porrada:
- E tu?
o Pontinha, convicto
- Lá lhe vou batendo também
mas menos que ela, mais desembaraçada no bofetão. Não parecia sofrer com essas lutas, orgulhava-se sinceramente da ferocidade da esposa:
- Não é para graças
exultava ele
- Não é para graças
orgulhoso da sua padeira de Aljubarrota, que lhe ficava com o dinheiro porque o Pontinha sofria de inclinações para o tinto. Na última ocasião não veio, alguém comentou vagamente
- Parece que não está muito bem
e não sei quê nos ossos enfiou-o numa caixa. Agora já não lhe batem, nem dá banho ao polegar em nenhuma sopa. Porque é que a sua morte me entristece? Por ele, claro, mas por mim também. Por ele, dado que o Pontinha apreciava viver, mesmo no meio da aflição dos seus dias. Por mim, pelo facto de o meu mundo se ir despovoando. Não me agrada que me roubem o passado, me depenem de recordações, memórias, torradas, panos sujos. Apetece-me berrar
- Pontinha
e o Pontinha vir a correr, relativamente a correr visto que a pressa não fazia parte das suas características, suspender-se no limiar com o pano sujo, interrogar
- É o lanchinho senhor doutor?
(não me tratava pelo posto, tratava-me por
- Senhor doutor)
e proceder, num imenso chinfrim de metais, à confeção das suas fatias de granito. Apetece-me inquirir
- Enfiaste o dedo na caneca do chá?
escutar de volta
- Quer que prove a ver se tem bastante açúcar?
Uivar-lhe
- Não
com o Pontinha já a sorver um golo, chamar-lhe
- Seu cabrão
e no fundo achar graça a tanto desvelo maternal, tanto cuidado. Há anos anunciou-me
- Você precisa é que vá para sua casa tomar conta de si
e quase estive de acordo com ele. Insistiu
- Não quer que vá para sua casa tomar conta de si?
por uma unha negra não disse
- Quero
e de novo as mangueiras de Marimba, tão lindas, entre a Administração e o posto médico, e de novo a comida cortada em dois por três centímetros, e de novo as imensas noites de Angola na estreiteza de Lisboa. E de novo nós com vinte anos e de novo estrelas desconhecidas, sem fim, a garantirem-nos que éramos eternos, que seríamos eternos eternamente. Alguns cadáveres à nossa volta, claro, mas a gente eternos. Foste-te com uma coisa nos ossos, imagine-se. Com que direito? Se caíres na asneira de me aparecer à frente torno a chamar-te
- Seu cabrão
já que, vendo bem as coisas, não era má ideia estares em minha casa a tomar conta de mim.
- Se eu tomasse conta de você o senhor doutor andava aí como uma rosa
e palavra que me dava jeito andar aí como uma rosa, as pessoas
- Anda aí como uma rosa
e eu
- É que tenho o Pontinha comigo
para os que não possuem a sorte de ter o Pontinha com eles, nem de exigirem
- Dois por três centímetros, Pontinha, nem mais um milímetro
e o Pontinha, de fita métrica, a conferir o rosbife.
 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A opção

 
Como compreendo o Passos...
Esta opção, a melhor nas palavras do seu autor, foi retirada daqui.

clic na imagem

 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

S. Valentim

 
Do boletim paroquial de Quintos - «O Sino» - de fevereiro 2011 transcrevemos o seguinte artigo dedicado ao dia que amanhã se comemora:

S. Valentim

Diz a lenda que S. Valentim é o protetor dos namorados, talvez fundamentada no facto de no século III, quando o imperador Cláudio II, envolvido em campanhas militares, considerou que os seus soldados davam menos rendimento na guerra por estarem sempre com pressa de voltar para as noivas ou para as esposas, proibiu todos os noivados e casamentos em Roma.
Contrariando esta determinação imperial, o bispo Valentim continuou a casar jovens apaixonados.
Quando o imperador soube, mandou prender o bispo, ordenando a sua decapitação, a 14 de fevereiro de 270.
Foi canonizado em 498 e os namorados declararam-no seu protetor.
O costume de aproveitar este dia para oferecer algo a quem se ama surgiu em 1840, quando Esther Howland começou a produzir lembranças para comemorar a «Valentine's Day».
 

Beja namora a 14 de fevereiro

 
Com a devida vénia, transcrevo da página do município de Beja esta informação.

O Amor vai andar à solta em Beja

No Dia dos Namorados, 14 de Fevereiro, Beja mergulha num ambiente de paixão e amor inspirado em Mariana Alcoforado. “Sexy Food” é o mote da iniciativa que compreende ementas românticas com pratos afrodisíacos, um workshop de comida afrodisíaca, um espectáculo inspirado nas cartas de Mariana Alcoforado e, por fim, um espectáculo no Pax Júlia pelo Grupo Mariel Martinez Tango Quintet.
O Município de Beja e vários restaurantes da cidade que aderiram à iniciativa entrelaçaram um programa recheado de surpresas. A Pousada de S. Francisco preparou um workshop sobre comida afrodisíaca limitado a 15 participantes. Os inscritos têm ainda direito a dois jantares românticos na Pousada, a dois bilhetes para o Tango Quintet e à apresentação do espectáculo “A Paixão de Mariana Alcoforado”, pela Homlet, Companhia de Teatro da Capricho.
Muitos outros restaurantes da cidade também se aliaram à data festiva e prepararam ementas românticas. De entre os variadíssimos exemplos destacamos tâmaras de sedução, creme de tomate e gengibre, sopa de cupido, desejo de camarão com caril, tamboril romântico em molho de açafrão, frango com gengibre enamorado, filete de vitela DOP embebido em molho de café afrodisíaco, bacalhau à paraíso, miminhos de Adão e Eva. As sobremesas foram igualmente pensadas ao pormenor e, além das iguarias conventuais que fazem saltar o nome de Beja para fora de portas, foram ainda preparados bombons sensuais, pudins do amor, carícias – duo de chocolate branco e negro, entre muitas outras sedutoras propostas. Todos os clientes dos restaurantes que aderiram ao “Sexy Food” ganham, no Dia dos Namorados, um bilhete para assistir gratuitamente ao espectáculo do Pax Júlia: Mariel Martinez Tango Quintet.
E desenganem-se os que pensam que o dia 14 de Fevereiro é apenas comemorado por casais românticos ou com longas histórias de amor bem sucedido. Uma boa organização pensa em tudo e foi o que sucedeu. Para quem não tem namorado ou namorada, o bar Ritual está a preparar para esta noite a “Festa dos Encalhados”. Boa música, um copo, dois dedos de conversa e, com certeza, um bom clima.
Beja é conhecida além fronteiras pelas ardentes cartas de amor de Mariana Alcoforado. A grande paixão da freira de Beja dá por isso o mote ao Festival do Amor que o Município de Beja está a preparar para o início de Junho, tendo sido escolhido o Dia dos Namorados para anunciar o Programa do Festival. A apresentação da imagem e do programa do Festival do Amor acontece na Pousada de S. Francisco.

Restaurantes que aderiram ao “Sexy Food”:
Luís da Rocha, Herdade dos Grous, Marisbeja, A Pipa, Seara (Beja Parque Hotel), Pousaki, O Árbitro, Espelho de Água, Pousada de S. Francisco, A Horta, A Esquina, Frango à Guia, O Arcada, O Charoco, Tem Avondo, O Pena, o Pavilhão da Caça (Vila Galé), Pizaria Salada de Frutas, D. Dinis.
 

O segredo ao ouvido


  
Karachi, Paquistão, 09/02/2011

 

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Fonte de energia... sem alternativa

 
Arredores de Islamabad no Paquistão, 4ª feira, 9 de fevereiro.
Uma mulher transporta à cabeça um molho de lenha.
Quando vi esta foto veio-me à memória cena igual que - há 40 / 50 anos - tantas e tantas vezes vi nas ruas de Quintos, nos Montes Novos, Corvo ou Pisões.

Islamabad 2011; Quintos 1960
Homens, mulheres e até crianças transportando feixes de lenha à cabeça ou às costas para se aquecerem nas noites frias de inverno, aproveitando a mesma fonte de energia para cozinhar as suas parcas refeições em panelas de barro. As de ferro estavam reservadas para os mais abastados. Hoje, nas lareiras com ou sem recuperadores de calor utiliza-se lenha de oliveira ou azinho, antigamente utilizava-se a esteva ou piorno menos calórica e consequentemente mais pobre. Para pobre. E mesmo assim correndo sempre o risco de apanhar tareia se tivesse o azar de se cruzar com algum feitor ou guarda-republicano.
 

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Vai roubar pra outro lado!

 
Fecharam-se hospitais.
Fecharam-se escolas.
Agora fecham-se postos de polícia ou de GNR.
O gatuno, distraído ou porque não andou à escola, sujeita-se a esta humilhação retratada hoje no Diário do Alentejo.

 

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Era uma vez

 
Até ao próximo dia 5 de março está patente ao público na Pousada S. Francisco em Beja a exposição «Era uma vez» do artista plástico Ricardo Passos.
Perpétua Roxa
Ricardo Passos nasceu em Lisboa em 1963. Cedo se apaixonou pelas artes plásticas tendo publicado até hoje mais de 200 Obras. Com mais de uma centena de exposições individuais e coletivas em Espanha, França, Dubai, Japão, Brasil e EUA. Por diversas vezes foi distinguido nas várias áreas de expressão artística que vão desde a pintura, cerâmica, design gráfico até à cenografia e joalharia.
Como apresentação de «Era uma vez» escreveu, em junho de 2010, Ricardo Passos: “... Agora trato de rainhas dos nossos dias, cuja imagem é fruto daquilo que os meios de comunicação social querem que elas sejam, contradizendo-se muitas vezes uns aos outros, levando-nos a um grande desnorte e a uma grande incapacidade em saber o que é credível ou não, pois ao sermos 'informados' relativamente a um assunto, pelos diversos meios, deparamo-nos com incoerências, com estórias contraditórias entre jornais, revistas, canais de televisão... Notícias que no fim de contas não se complementam nem se sobrepõem. É como se ao juntarmos toda a informação que obtemos nos deparássemos com um puzzle cujas peças não encaixam.