sexta-feira, 20 de novembro de 2015

Acefalia congénita


É uma doença muito comum que afeta o Homem, em especial o da classe politica, sem exclusividade portuguesa.
Todos criticamos - e com razão, penso eu - esta crescente onda de violência que agora nos está a bater à porta. Até aqui - os tiros e bombas - andavam lá por onde o diabo perdeu as botas e não nos importunávamos muito com isso.
Agora a rapaziada do ISIS resolveu apontar baterias também para a Europa. Não gostámos.
Mas afinal quem são estes tipos que nos querem converter em cadáveres? Há vasta informação na Internet a explicar quem são e o que pretendem.
O que não há é vergonha na cara dos políticos que vemos na TV tristes com estas mortes. O ISIS existe porque interessa a muito boa gente, gente respeitável na Europa e não só.
Não é o secretário de estado do fomento de Burkina Faso que lhes vende o armamento, pois não?! 
Não é o secretário de estado do fomento de Burkina Faso que lhes compra o petróleo bruto ao preço da uva mijona, pois não?! 
Na última reunião do G-20, Vladimir Putin disse aquilo que políticos autodenominados sérios não gostam nada, mesmo nada, de ouvir: "O financiamento, como sabemos, provém de 40 países, entre os quais alguns são membros do G-20".  
Frase que poderia ou deveria incomodar, mas ninguém se mostrou minimamente preocupado.
Porque será?




segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Janela do futuro


Mesmo aberta, esta janela isola o ruído exterior. 
Este novo tipo de janela, desenvolvido pela empresa francesa Technal, deverá ser comercializado em 2017.
Esta nova janela terá dois sistemas de isolamento acústico, um passivo, outro ativo. O passivo será a utilização de lã mineral, o processo clássico de atenuar o ruído. O ativo - que será a novidade - utilizará o mais recente desenvolvimento em isolamento acústico, semelhante ao utilizado nos auscultadores topo de gama antirruído. A calha da janela estará equipada com microfones que, assim que a janela é aberta, um processador analisa os ruídos exteriores e será gerada uma onda inversa que irá atenuar o ruído. Dizem que a atenuação será da ordem dos 25 dB.
É evidente que esta high tech não está ao alcance de qualquer bolsa, cada janela custará entre 600 a 800 euros! 
Parece que vou continuar durante muito mais tempo com os ruídos habituais cá por casa...

Fonte: Le Figaro de 06/11/2015



Foto: Technal


sábado, 7 de novembro de 2015

Yah, tasse bem!



Os nossos filhos são sempre – mesmo com provas em contrário – uns santinhos; em contrapartida os filhos dos outros são sempre os pestinhas de serviço.
Sem mais comentários transcrevo, com a devida vénia, o artigo de Vítor Encarnação “nada mais havendo a acrescentar ...” publicado no Diário doAlentejo de ontem:
«Só filmado Pai, ontem o meu diretor de turma zangou-se connosco. Nunca o tinha visto assim tão furioso. E sabes o que é que ele nos disse? Que devia haver câmaras de filmar nas salas de aulas para os pais verem o que os filhos fazem. Imagina tu a seguires a minha falta de atenção em direto através do teu tablet, ou a mãe a assistir à minha insolência ao vivo na televisão da cozinha. Que talvez assim os pais percebessem que os seus filhos também provocam, perturbam, magoam e são indisciplinados. Ele diz que às vezes vocês não acreditam, que o meu filho nunca, isso são os outros, as más companhias. O que é que ele julga? A minha família tem uma boa estrutura, somos gente de bem. Está a insinuar o quê? Mas não é essa a sua profissão? Não é para isso que lhe pagam? Desenrasque-se. Tenha mas é mão nos moços. É isso que dizes à mesa quando estamos a jantar. E até lhe chamaste nomes. E na aula, quando olho para ele, acabo por não lhe ter respeito nenhum. Se tu não tens, por que razão haveria eu de ter?! Às vezes, nas aulas de maior confusão, havias de o ver a perder a paciência, a bater com o apagador no quadro, a bater com o livro de ponto na mesa, a gritar, a desviar-se dos pedaços de giz. É tão ridículo. Havias de ver, Pai. Só filmado.»

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Foi aquele!



Numa esquadra de polícia a vítima de cibercrime é confrontada, para efeitos de identificação, com vários possíveis criminosos.
A vítima, após análise visual de todos eles, não tem dificuldade em identificar quem a atacou:
- Foi aquele!

Cartoon de Matt in The Daily Telegraph (UK) 16/10/2015


quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Você já morreu


No tempo de Salazar e Caetano muitos mortos tinham direito a voto. Era comum, quem tinha oportunidade de verificar os cadernos eleitorais de então, verificar que muitas pessoas que já tinham falecido há tempo tinham "exercido" o direito de voto. Era da "praxe".
Mesmo depois do 25 de abril de 1974 - durante muitos anos - quem consultasse os cadernos eleitorais verificava que nele constavam pessoas que tinham morrido há meses, por vezes há anos. Era um sistema lento, burocrático e pesado, aquele que existia entre as conservatórias do registo civil e as comissões recenseadoras.
Hoje, as coisas são bastante mais céleres, temos um sistema, digamos, bom que, como todos sabemos, é inimigo do ótimo.
Há erros, como em tudo na vida, que devem não apenas ser corrigidos como, sempre que possível, evitados.
Sobre um desses erros registado no passado domingo, escreve o Ricardo Araújo Pereira na revista Visão de hoje:

«Um eleitor dirigiu-se a uma assembleia de voto e foi impedido de votar porque os cadernos eleitorais indicavam que estava morto desde 2013. (...) O eleitor voltou para casa porque não foi capaz de argumentar contra os documentos oficiais, e concluiu-se que não poderia votar. (...)
Além de fazer uma limpeza dos cadernos eleitorais para os expurgar mortos, há que fazer igualmente a limpeza dos registos de óbito para os expurgar de vivos. (...)
Na minha opinião, um defunto que se dá ao trabalho de se dirigir a uma assembleia de voto deveria ser autorizado a exercer o seu direito. Há cidadãos vivos com menos respeito pela República.»
  


terça-feira, 6 de outubro de 2015

Nova Unidade Hoteleira em Quintos


Desconheço a sua classificação oficial, não sei se é hotel, residencial ou albergue.
O local de receção e informações situa-se no Monte do Pirote onde, uma placa rústica, tem colocado o número de telefone (julgo que para reservas) 969667116.
Os alojamentos situam-se uma centena de metros mais abaixo, no número 22 do Monte dos Pisões.
Trata-se de uma unidade turística sui generis, não tem divisões (dorme tudo junto, salvo seja, tudo na mesma divisão, queria eu dizer) a cozinha é comum e única assim como a casa de banho. Desde ontem, segundo nos disse um hóspede, já tem água canalizada. Não havia, o proprietário do complexo turístico mandou desligá-la há muitos meses, mas em frente ao complexo existe um ponto de distribuição de água proveniente de um furo artesanal a 50 metros. A água não é tratada, mas não há conhecimento que alguém tenha morrido por ali beber.
Por enquanto são poucos os hóspedes, oito ou nove, mas estão satisfeitos com as magnificas instalações.
Em breve daremos mais notícias.

 NR: A imagem apresentada é meramente ilustrativa, não corresponde ao produto anunciado.



segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Maria Pereira, sabe quem é?


Provavelmente não.
É uma menina - 30 anos - que está a dar cartas no mundo da ciência médica, mais concretamente, na cirurgia.
Natural de Leiria é a responsável pelo centro de pesquisa biomédica Gecko em Paris, França. Está a desenvolver uma técnica que a cirurgia persegue há muito: como selar uma ferida sem causar danos aos tecidos envolventes?
Ao que tudo indica a Maria Pereira descobriu a solução para isso.
A revista Time foi a Paris entrevistá-la. Na sua edição em papel de 05 de outubro, sob o título Nova Geração de Líderes, publicou o artigo.
Pode também lê-lo aqui, na edição online de 24/09.
Parabéns Maria Nunes Pereira!

Foto: Adam Ferguson


sábado, 3 de outubro de 2015

Sombras


"O Alentejo não tem sombra
Senão a que vem do céu
Assenta-te aqui amor
À sombra do meu chapéu"
Assim cantava Janita Salomé.
Na fotografia em apreço são as sombras projetadas de uma mulher e seu cão que passeavam numa rua em Straubing, Bavaria, Alemanha, que chamou a atenção do fotógrafo.


Foto: EPA / Armin Weigel


sexta-feira, 2 de outubro de 2015

O reino do absurdo


Se há trabalhos que admiro, um deles, é sem dúvida o dos criativos. Deslumbram-me, por norma.
São, para mim, pessoas de outra dimensão que me fazem ver "coisas" que sem os seus olhos eu jamais veria.
Ser criativo não é colocar o mundo de patas para o ar, nem de perto nem de longe. Para se ser criativo tem que se ter inteligência. Muita!
O desfile de moda realizado em Paris para apresentação dos trabalhos "Primavera/Verão 2016" do estilista norte-americano Rick Owens são um triste exemplo disso.
Não os trabalhos em si, mas a coreografia aplicada à sua apresentação.
Absurda, para aplicar uma adjetivação suave.

Foto: EPA / Rex


sábado, 26 de setembro de 2015

Depósito de velhos


«Lar.
Houve uma discussão familiar em torno do nome.
Lar ou casa de repouso?
A ele tanto se lhe dava o título, pois como não se sentia bem em lado nenhum, qualquer lugar lhe servia. Desde que pudesse fumar um cigarro.
Quando a carta de admissão chegou, apenas encolheu os ombros. Não deixaria nunca que os olhos ou as mãos o traíssem. Nesse dia, no outono do tempo e da vida, entrou na instituição apenas com uma pequena mala. Anos a fio a desbravar mundo, a semear, a colher, a amar uma mulher, a fazer uma casa e nela fazer filhos, a sentir o coração da terra a bater-lhe no peito, e agora a sua existência cabe toda numa pequena mala.
O quarto não dá para a rua. Não lhe pode libertar o horizonte, desatar o nó dos olhos e pô-los a correr campos fora, como fazia dantes no tempo das melancias.
Dá consigo a pensar que gostaria de morrer de noite, a sonhar. E a morte viria como um sonho bom, batia à porta, pode entrar, e só depois ela entrava de mansinho, sem dramas, sem gritos nos ossos, sem dores na carne, sem sofrimento. Vinha, punha-lhe um manto de veludo por cima das costas e levava-o para o sítio onde a morte mora. E de manhã lá estaria o corpo sem vida, perfeitamente aconchegado. Nem havia de parecer que a morte ali tinha passado.
Enquanto espera, vai jogando às cartas.»
'Nada mais havendo a acrescentar...' de Vítor Encarnação in Diário do Alentejo de 25/09/2015


Foto: Reuters

quarta-feira, 16 de setembro de 2015

Quem chamou o 112?


Andam por aí preocupados em saber (ou esconder!) quem chamou o 112.
- Foste tu!
- Não, não fui, foste tu!
Esta guerra de comadres revela bem a triste família que temos. Como se quem solicitou a vinda da ambulância nos preocupasse.
Não será mais interessante saber porque é que a vítima precisou dos serviços da ambulância?
Para as comadres obviamente que não.


Imagem: O Blog ou a Vida 11/05/2011


domingo, 13 de setembro de 2015

Festa de Quintos 2015, nota final

 
Para encerrar este assunto, e sem mais comentários, transcrevemos e subscrevemos a nota publicada pelo senhor Diácono José Rosa Costa no Boletim Paroquial de Quintos "O Sino" de setembro de 2015:
«Ainda a Festa de Quintos
Embora julgássemos ultrapassada a "Festa de Quintos/2015", somos obrigados a abordar o assunto, porque nos assiste o direito de defender-nos de uma injusta acusação de que, indiretamente, fomos alvo quando por determinado Facebook correu a falsa notícia de que “a igreja é culpada dos festeiros não fazerem a festa de Nª. Sª. dos Remédios”. Somos membros do clero e, concretamente, ao serviço da paróquia de Quintos, por isso nos sentimos atingidos.
Repetimos, sem receio de críticas e em abono da verdade, que os responsáveis da Junta de Freguesia, numa atitude de louvável bairrismo, têm vindo a assumir a festa nos últimos anos, porque os festeiros nomeados a deixaram “cair”, por motivos que não nos são totalmente alheios.
Mas nem por isso julgámos negativamente este sua atitude. Nem tínhamos que fazê-lo. Agora aparece alguém “iluminado” a culpabilizar a igreja desse facto. Quem assim fala não é praticante e, por essa razão, não conhece as normas orientadoras vigentes na Igreja para a realização de festas religiosas que, quase sempre, desagradam a algumas comissões...
Todas as instituições têm normas adotadas para cumprir, e até na nossa própria casa tem de haver normas. Logicamente, a Igreja também as tem. Pena é que quem fala contra a igreja (que já está habituada a ser julgada injustamente) não queira informar-se dessas normas ou, no mínimo, junto desses festeiros, e talvez assim tivesse opinião diferente para não fazer juízos de valor errados.
Quanto à igreja, já teve o cuidado de informar essas normas através do boletim, em reuniões com festeiros e até em homilias.
Este ano, a procissão não passou pela avenida do Prior pelo que, de imediato, houve reações criticando esta medida, embora também tivesse havido comentários favoráveis. A passagem pela avenida perde-se numa imemorável ancestralidade, mas ocupa parte da estrada nacional. Talvez por isso o pároco tivesse optado por não entrar nesse espaço.
Este esclarecimento encerra definitivamente o assunto sobre a Festa de Quintos/2015, porque não iremos comentar, rebater ou responder a quaisquer reações nem no boletim paroquial, nem no Facebook ou no Blogue, e também porque não alimentamos polémicas inúteis e estéreis. Não é essa a função do boletim nem nós somos afeitos a esse tipo de diálogo.
Aproveitamos o ensejo para agradecer a oportuna intervenção do Revº. Padre Philip de Souza sobre a Festa de Quintos e ainda a sua gentileza em publicar algumas das notícias insertas no nosso boletim. Daqui, deste longínquo torrão alentejano, lhe enviamos o nosso abraço fraterno em Cristo.»
Diácono José Rosa Costa
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Em meu nome pessoal, apresento as minhas condolências ao senhor Diácono José Rosa Costa, seus filhos e restante família, pelo falecimento de D. Maria Maximina Lopes Dias da Rosa Costa.

 

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O terrorismo já não é o que era...


Ricardo Araújo Pereira, na Visão de hoje, a propósito do incidente no comboio Amesterdão – Paris, diz-nos isso mesmo na sua forma muito peculiar de o fazer:
«O terrorista deixou-se dominar por quatro turistas, sendo que um deles era um consultor informático sexagenário. Não deve haver muitas coisas mais humilhantes para um terrorista do que ser imobilizado por um idoso especialista em Java Script.
O curso de terrorismo que este delinquente frequentou foi, provavelmente, ministrado por uma espécie de Tecnoforma síria, mais interessada em recolher fundos do Estado Islâmico do que em fornecer formação criminosa de qualidade.
»

Ricardo Araújo Pereira in revista Visão 27/08/2015
 
Foto: Pascal Rossignol / Reuters
  

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Parabéns Microsoft!


A malta mais velha lembra-se bem deste salto de gigante que foi a passagem do Windows 3.11 para o Windows 95. Faz hoje precisamente 20 anos.
Nada ficou como antes, o computador pessoal revolucionou-se com este sistema operativo e revolucionou-nos a todos.
A partir do Windows 95 várias foram as atualizações e versões, mas nenhuma tão grande quanto a que ela foi.
É um marco indelével na informática.
Da PC Guia online de hoje, com a devida vénia, transcrevemos o artigo de Pedro Tróia:

«Parabéns Windows 95!
Faz hoje 20 anos que a Microsoft lançou o Windows 95, o sistema operativo com interface gráfica que realmente revolucionou a forma como os PC são usados até hoje. Até ao lançamento do Windows 95, o Windows era um mero acrescento ao MSDOS que permitia a usa utilização com um rato e teclado e não um sistema operativo a sério.
O Windows 95 trouxe algumas funcionalidades de usabilidade completamente inovadoras para a altura, como o botão Start que dá acesso a todos os programas instalados no computador. A Microsoft tentou acabar com ele no Windows 8, mas teve que o trazer de volta no recente Windows 10 lançado no início de Agosto. O Windows 95 também ficou conhecido pelo “Ecrã Azul da Morte” que aparecia quando um programa deixava de funcionar devido a um erro, ou quando havia problemas de hardware.»


  
 

segunda-feira, 24 de agosto de 2015

Atletismo com saltos para a água


Não, o salto para a água não faz parte de nenhuma prova combinada do atletismo.
Na foto, a atleta do Panamá Rolanda Sino mergulhou involuntariamente no fosso numa prova de apuramento dos 3000 metros obstáculos no Campeonato do Mundo de Atletismo que decorre em Pequim.
É uma queda de facto aparatosa.


Foto: Photoshot via The Daily Telegraph


quarta-feira, 19 de agosto de 2015

O 3º mundo em Nova Iorque


Diplomatas de países do Terceiro Mundo dizem que a área ao redor da Organização das Nações Unidas em Nova Iorque tem mais sem-abrigos do que suas terras empobrecidas.
"A América é um dos países mais ricos do mundo, e Nova Iorque é uma das cidades mais ricas. Mas há mais sem-abrigos aqui do que na Gâmbia", disse Alieu Samba adido da Gâmbia na ONU.
"Em África, pensamos nos Estados Unidos como um lugar no céu. É muito chocante ver como ele realmente é" disse Dogu Gnahore, diplomata da Costa do Marfim.
Courtney Noel, funcionário da embaixada de Guiana, disse "Nós [ONU] somos uma organização que visa proteger e ajudar as pessoas em todo o mundo, e aqui, há pobreza mesmo na frente dos seus olhos. É irónico e embaraçoso ter sem-abrigos bem na frente das Nações Unidas", disse ele.
Na fotografia tirada ontem, um homem a dormir num banco de jardim na Dag Hammarskjold Plaza em Nova Iorque. Este local é considerado a porta de entrada para o edifício das Nações Unidas.

Foto: David McGlynn
Fonte: New York Post, 19/08/2015

 


O papagaio foi preso


Pois é, a vida tem destas coisas.
Em Rajura, Índia, um papagaio, Hariyal de seu nome, foi detido após queixa de Janabai Sakharkar, uma senhora de 85 anos que acusa o papagaio de lhe "atirar" obscenidades.
Suresh, dono do animal de estimação é enteado da senhora e esta acusa-o de ter treinado o animal para o fim em causa.
Foram todos convocados para uma acareação na esquadra da polícia local, mas o papagaio não abriu o bico! Provavelmente invocou que só falaria na presença de seu advogado...
Ficou preso, preventivamente.
No entanto algo mais substancial está por detrás das eventuais obscenidades do papagaio, há uma disputa de terrenos e outras propriedades entre a dita senhora e seu enteado.
Quem se lixou (para não utilizar um possível termo do papagaio) foi o papagaio.

Foto e fonte: The Independent 19/08/2015




terça-feira, 18 de agosto de 2015

VMER de Beja, 9 anos


«No passado dia 7 de Agosto, assinalaram-se nove anos da atividade da VMER (Viatura Médica de Emergência e Reanimação)–Beja. Em comunicado o Conselho de Administração da ULSBA, EPE, regista a importância deste meio de emergência pré-hospitalar e realça com muita satisfação a sua elevada taxa de operacionalidade.
No documento enviado ao Lidador Notícias (LN), o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), EPE, salienta que “este fato só tem sido possível à custa de uma excelente gestão interna, uma aposta cada vez maior na formação dos profissionais da ULSBA e a dedicação extrema de toda a equipa, permitindo a disponibilidade da VMER–Beja, 24 sobre 24 horas em benefício único dos utentes do Baixo Alentejo”.
A VMER–Beja, está sediada no Hospital José Joaquim Fernandes. A sua tripulação é constituída por um médico e um enfermeiro, com formação e competência em suporte avançado de vida. O INEM desempenha as funções de regulação da atividade clínica e tem a responsabilidade pela gestão da viatura e do equipamento necessário à sua função.
A gestão da VMER-Beja é efetuada por uma equipa coordenadora composta por um médico e um enfermeiro diretamente dependente da Direção do Serviço de Urgência. A equipa de profissionais é constituída por 18 médicos e 15 enfermeiros. A taxa média anual de operacionalidade da VMER-Beja é de 99,6%. A ínfima percentagem de inoperacionalidade relaciona-se apenas com a obrigatória manutenção das viaturas.»

Uma taxa de operacionalidade de 99,6% é obra!
A Direção do Serviço de Urgência e os operacionais da VMER de Beja demonstram ser uma equipa fantástica!
Os nossos parabéns para todos eles!

Foto e fonte: Lidador Notícias

  

Maratona africana


É uma maratona diferente, sui generis.
Deixaria qualquer europeu de olhos em bico.
Na maratona anual de Masai Mara que se realiza na reserva com o mesmo nome, no Quénia, os atletas cruzam-se com os mais variados animais.
Na foto que aqui reproduzimos um grupo de gnus cruza com um grupo de atletas maratonistas.


Foto: Xinhua / REX Shutterstock


domingo, 16 de agosto de 2015

Festa de Quintos, agradecimento


Do Boletim Paroquial de Quintos "O Sino" do corrente mês, transcrevemos a nota publicada na página 7:
«Agradecimento
Vimos publicamente agradecer ao grupo de senhoras da nossa Comunidade, D. Maria Rosa, D. Ana Custódia, D. Francisca Patrocínia, D. Irene Viegas, D. Maria Antónia Barão e D. Ermelinda Rosa que voluntariamente se prontificaram a fazer a limpeza da Igreja e da Casa paroquial na semana da festa de Nª. Srª. dos Remédios.
Aproveitamos para também agradecer à Junta de Freguesia a caiação da igreja e o arranjo da área circundante, às pessoas que levaram os andores e a todos que contribuíram para as flores.
À Padaria Felizardo e à Junta de Freguesia, nomeadamente às funcionárias de ambos os locais, fica também a expressão da nossa gratidão por se terem prontificado à recolha dos donativos para as flores. No boletim de setembro publicaremos os nomes das pessoas que generosamente contribuíram com o seu donativo para esse fim. Antecipadamente aqui deixamos o nosso muito obrigado!
A todos Deus compensará!»

Diácono José Rosa Costa



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Oh mãe, aquele moço bateu-me


«Oh mãe, aquele moço batê-me
Dêu-me um pontapé no cu
E tu nã dizes nada
Que raio de mãe és tu».

Assim cantava o grupo algarvio Iris.
Assim se comportam os elementos do PS sobre os cartazes, vai daí - e porque a mãe nada diz - apontam o dedo aos cartazes do moço.
Traquinices...




Xô, velhos!


Projeta este governo (claro que não será este...) da nação portuguesa criminalizar o abandono dos velhos. Passará a ser crime, dizem eles.
E não será este governo porquê?
Pelo simples facto que o diploma tem que ser aprovado pelo parlamento, mas os senhores deputados estão a banhos.
Podia o diploma ter sido apresentado mais cedo (ou em tempo útil) ao parlamento?
Podia, mas não foi.
Este diploma vem ajudar ou minimizar o abandono dos velhos?
Com hipocrisia e mão na boca a esconder o sorriso, sim!
O que este projeto virá criminalizar será "O abandono de pessoa idosa em hospitais ou outros estabelecimentos de saúde" ou seja, para os mais distraídos, evitar que o estado fique com um velho às costas e abandonado pela família. Se o querem abandonar que o façam debaixo da ponte, nem barranco, por aí... Mas aqui é que não!
Mas que solidariedade por aqueles que tudo deram e mais precisam nesta fase da vida...
Que exemplo que esta gentinha é.



domingo, 9 de agosto de 2015

Outro olhar


Um grupo de fotógrafos russos captou imagens deslumbrantes um pouco por todo o mundo usando para esse efeito o helicóptero, o planador, o balão ou o drone.
Aqui deixamos algumas das imagens de Lisboa, entre muitas que podem ser vistas na página que eles criaram.

Fotos e fonte: Air Pano








  
 

sábado, 8 de agosto de 2015

Inteligência, ou falta dela


«De que te serve a inteligência, se não tens inteligência para a usar com inteligência?»
Virgílio Ferreira, escritor | 1916-1996
  





sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Nojo


Os indivíduos que nos governaram, os indivíduos que nos governam, os indivíduos que se propõem governar-nos, metem nojo.
Vale tudo para atingir o PODER.
Utilizam as pessoas como se "coisas" fossem; aproveitam-se das suas fraquezas, da sua dependência social, económica, de emprego, etc.
São autênticos vampiros que comem tudo e não deixam nada.
Eis a história de um cartaz do PS publicada há pouco em O Observador:

«“A história não é minha. Aquela afirmação é falsa”. É assim que Maria João resume a utilização da sua fotografia colada à frase “Estou desempregada desde 2012, para o governo não existo” num dos polémicos cartazes do PS, em declarações ao Observador. Maria João diz que não estava desempregada e que não disse o que está no outdoor. Mais: acrescenta que quando tirou a fotografia, que viria a aparecer espalhada pelo país nos cartazes do partido, prestava até serviços à Junta de Freguesia de Arroios (socialista) e foi lá que o fotógrafo a apanhou. Mais ainda: diz não ter dado autorização para que a sua cara aparecesse nos cartazes, quer que o partido os retire das ruas e admite processar o PS por uso indevido de imagens. Mas a história com os polémicos cartazes não acaba aqui. Há mais dois casos na mesma junta.»
Leia toda a história nojenta, aqui.



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Nós... E os ricos


Sempre apreciámos a riqueza. Todos gostávamos de ter mais riqueza do que aquela que temos. A que temos é sempre pouca.
Há quem nos considere ricos. Ricos, nós?! Não podem ver ninguém com uma roupinha lavada...
Enquanto a riqueza não nos bate à porta, sonhamos. Sonhamos. Sonhamos.
Sonhamos com a vida de quem tem riqueza (apesar de dizerem que não são ricos).
Um casamento das arábias (ou do futebol) em que se dá como prenda uma ilha grega, é o máximo!
Um casamento em que se oferece e serve uma refeição a refugiados para celebrar esse matrimónio não passa de uma ideia de pobre.
"Tenho horror a pobre", parafraseando Caco Antibes na série "Sai de Baixo".
Para que conste, transcrevemos a mensagem de Vasco Mina em Corta-fitas de hoje:

«Casamento do Ano
Esta semana muito se escreveu e falou sobre um casamento milionário que ocorreu no Porto. Não faltaram convidados de “luxo” e presentes de monta (incluindo uma ilha grega). Também nesta semana, na Turquia, ocorreu um matrimónio em que os noivos optaram por oferecer uma refeição a 4.000 refugiados sírios. Não só ofereceram como também participaram, eles próprios, no serviço de distribuição da refeição. A ajuda a quem precisa não é um assunto exclusivo dos Governos! Foi o que fez este casal que quis festejar o seu casamento de uma forma solidária e que, desta forma, deixa um bom testemunho sobre o que cada um de nós pode fazer pelos outros. Em breve Portugal receberá refugiados provenientes do Norte de África e do Médio Oriente e o acolhimento e apoio a estas pessoas, que fogem da guerra e da fome, não será apenas tarefa das entidades oficiais mas também um desafio para todos nós.»




segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Surf radical


Mais um pleonasmo?
Aceitamos.
O surf é, já em si, uma atividade radical.
Nesta fotografia - hoje publicada em vários jornais ingleses - vemos Robbie Maddison, australiano, acrobata e duplo de James Bond, a 'cavalgar' na sua KTM 250 SX (modificada) uma onda na costa do Tahiti.
É de loucos?
Talvez.
Temos por hábito apelidar de loucos todos aqueles que não compreendemos.


Foto: DC Shoes


sábado, 1 de agosto de 2015

Tautologia

 
No nosso dia-a-dia usamos - e por vezes abusamos - redundâncias sem nos apercebermos.
Sobre isso, cito o Rui Rocha, em Delito de Opinião, hoje:

«Subir para cima, entrar para dentro, recuar para trás, políticos em férias.
Pleonasmos da língua portuguesa.»




quinta-feira, 30 de julho de 2015

Crianças ou autómatos?


O excesso de amor é complicado. Pior que isso é projetarmos na criança aquilo que nós não fomos mas gostávamos de ter sido e vai daí, moldamos a criança para ser um Ser Supremo. Que tristeza, nossa e da pobre criança.
Carlos Neto é professor e investigador da Faculdade de Motricidade Humana em Lisboa. Trabalha com crianças há mais de quarenta anos. Deu uma sublime entrevista a Rita Ferreira n'O Observador da qual transcrevemos alguns excertos:

«Há dez anos eu dizia que as crianças saudáveis eram as que tinham os joelhos esfolados. Hoje, acho que os joelhos já não estão esfolados, mas a cabeça destas crianças já começa a estar esfolada, por não terem tempo nem condições para brincar livremente. Brincar não é só jogar com brinquedos, brincar é o corpo estar em confronto com a natureza, em confronto com o risco e com o imprevisível, com a aventura. (...)
As crianças brincam porque procuram aquilo que é difícil, a superação, a imprevisibilidade, aquilo que é o gozo, o prazer. E, portanto, as crianças que eu apelido de crianças “totós”, são hoje definidas como crianças superprotegidas, crianças que não têm tempo suficiente para brincar e crianças que não têm tempo nem espaço para exprimir o que são os seus desejos. E o primeiro desejo de uma criança é o dispêndio de energia, é brincar livre e com os outros, mesmo que muitas vezes em confronto. Porque o confronto é uma forma preciosa de aprendizagem na vida humana. E nós estamos a retirá-los de tudo isso. Estamos a dar tudo pronto e não estamos a confrontá-los com nada. E isso terá muitas consequências. (...)
Todos os estudos têm vindo a demonstrar que na infância, até aos 10/12 anos de idade, é absolutamente essencial brincar para desenvolver a capacidade adaptativa, quer do ponto de vista biológico quer do ponto de vista social. E hoje não é isso que estamos a fazer. Estamos a dar tudo pronto, tudo feito, e não estamos a confrontar as crianças com problemas que elas têm de resolver. Sejam eles confrontos com a natureza – que deixaram de existir – sejam eles confrontos com os outros. (...)
Por exemplo, a luta, a corrida e perseguição, são comportamentos ancestrais que as crianças têm de viver na infância e que são essenciais para o crescimento. A apropriação do território, a noção de lugar, o medir forças de uma forma saudável, o brincar a lutar. Hoje observamos comportamentos na escola, quer por parte dos pais quer por parte dos educadores, que não são corretos. Porque quando veem duas crianças agarradas vão logo separá-las — e elas muitas vezes estão a brincar à luta, e brincar à luta é saudável. É um indicador de vida saudável das crianças. Como correr atrás de alguém, ou ser perseguido. Brincar é civilizar o corpo. (...)
O “não subas”, o “olha que cais”, “não vás para ali”, “tem cuidado”, “não trepes à árvore”. Impedem as crianças de terem estas experiências, que são próprias da idade. Instalaram-se medos nas cabeças dos adultos. Medos das crianças serem autónomas. Nós nascemos para sermos autónomos e para termos, ao longo do processo de desenvolvimento, maior autonomia e maior independência. Basta ver como é que as crianças hoje vivem a cidade, como as cidades estão preparadas para as crianças. Nós estamos a cometer o erro de querer obter sucessos rapidamente, de querer que as crianças cresçam rapidamente, de que estejam todos incluídos nos rankings, mas estamos pouco preocupados com as suas culturas próprias. Não se está a ver o ator, não se está a ver o aluno. Na escola o que deveria emergir era o aluno e a criança, o que emerge é o professor e a burocracia.»

Leia a entrevista na íntegra aqui.



quarta-feira, 29 de julho de 2015

Alentejo, uma paixão


O Alentejo - em especial o Baixo Alentejo, desculpem-me o bairrismo - é uma terra de encanto e beleza em todas as estações do ano. É única!
A zona de Alqueva (mas não só, Quintos também!), motivada pela baixa poluição luminosa proporciona aos visitantes uma oportunidade única e inigualável para visualizar o céu noturno.
Combinando várias fotografias de céu estrelado, o fotógrafo João P. Santos criou a imagem que aqui publicamos. Bela, sem dúvida.
Fonte: The Daily Telegraph




sábado, 25 de julho de 2015

O pesadelo


Há coisas que nunca deviam ter acontecido.
Para a extrema esquerda europeia a vitória do Syriza na Grécia está-se a revelar num autêntico inferno.
É facílimo estar na oposição e dizer que quem governa governa mal. Mais fácil e cómodo se torna quando não se aspira a ter funções governativas.
Puro "erro de casting" o Syriza ganhou as eleições na Grécia. Toda a extrema esquerda europeia jubilou! «Eis o nosso laboratório para o resto do mundo!», pensaram e disseram.
Mal sabiam eles o que os esperava...
Hoje sabem que erraram, mas não o reconhecem publicamente; Quando ouvem falar em Grécia ou Syriza ficam cabisbaixos e com tremores. Dá dó vê-los assim...
A cada dia que passa novos céus lhes caem em cima, ontem soube-se que o atual ministro das finanças grego Euclides Tsakalotos escreveu, numa missiva enviada a Christine Lagarde, presidente do FMI: «Queremos informá-la de que precisamos de um novo empréstimo».
Cada cavadela, cada minhoca!
Que mais lhes irá acontecer?


Foto: Yiannis Kourtoglou | Reuters


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Quer comprar um Rancho?


Os nossos vizinhos têm a sua propriedade à venda, aqui no Texas.
São 121 quilómetros quadrados de terras aráveis, 1200 poços de petróleo e dezenas de milhar de cabeças de gado.
Coisa pouca, quase 210 mil hectares ao todo.
Este rancho foi fundado por Daniel Waggoner e seu filho, William Thomas Waggoner em 1849. Nas últimas décadas foram várias as disputas entre herdeiros para chegar a um consenso de partilha e venda do rancho.
Finalmente chegaram a acordo, o valor pedido tinha por base 725 milhões de dólares.
Se o caro leitor estiver interessado, lamentamos desapontá-lo, mas o concurso está fechado (salvo se a sua proposta for tipo "irrecusável"). Foram mais de 600 os que concorreram, neste momento foi já eliminada a esmagadora maioria restando cerca de uma dúzia para a batalha final.
A nossa proposta também foi recusada, xenofobismo certamente, o valor era bastante baixo mas era honesto...
Fotos: WT Waggoner Estate




segunda-feira, 20 de julho de 2015

Tecnologia ao serviço da estupidez


Na passada sexta-feira um violento incêndio deflagrou na zona da autoestrada Interestatal 15, em San Bernardino, Califórnia.
Os bombeiros, chamados ao local, pediram ajuda / reforço aéreo, mas estes, ao chegarem ao local outra alternativa não tiveram que regressar às respetivas bases sem poder combater o fogo.
Porquê?
Imagine você, caro leitor, que alguns "mirones" irresponsáveis decidiram colocar no ar os seus drones para filmar o fogo. Eram cinco os drones que se encontravam a sobrevoar e filmar o fogo, o que, por motivos de segurança, obrigou os meios aéreos de combate a incêndio a abandonar o local.
Segundo John Miller, responsável dos Serviços Florestais dos EUA, à NBC de Los Angeles, «Estes dispositivos voadores são considerados perigosos para as aeronaves pois podem causar danos nas mesmas e colocar em perigo tanto os pilotos como as pessoas no solo».
Felizmente, apesar dos danos materiais terem sido elevados, não houve registo de feridos entre os condutores das viaturas.

Fonte: NBC Los Angeles




domingo, 19 de julho de 2015

A sociedade de informação


Eric Schmidt, antigo CEO da Google, calculou que a cada dois dias a humanidade cria dados equivalentes aos que foram criados desde os primórdios até ao ano de 2003. Isto foi dito há cinco anos.
Processamos e difundimos dados/informação a uma velocidade e quantidade exponencial. Todos os dias se produzem mais de 500 milhões de tweets, partilham-se mais de 70 milhões de fotos no Instagram e mais de 4 mil milhões de vídeos são diariamente vistos no Facebook. Por cada minuto que passa são carregadas 300 horas de novos conteúdos no Youtube. Isto, para além de toda a informação de ordem profissional/empresarial, técnica, científica que é atualizada ao segundo. A IBM calcula que diariamente sejam gerados mais de 2,5 quintiliões de Bytes.
Mas já não somos apenas nós, humanos, que produzimos e difundimos informação na internet. Há o automóvel, os óculos de realidade virtual, pacemakers, satélites, e toda uma panóplia de equipamentos que geram informação e até se comunicam entre si sem ação direta do homem.
Estamos, de facto, cada vez mais ricos em dados, mas, ironicamente, cada vez temos menos retorno dessa avalanche de informação.
Fonte: Time 6-13JUL2015

Imagem: Forbes


sexta-feira, 17 de julho de 2015

O estado da nação


Não é bom, irrecomendável até.
Todos o sabemos, mas falamos baixinho, salvo para apontar o dedo a alguém que se "descuidou" a cair nas malhas de uma investigação. E digo investigação e não Lei, propositadamente.
Quem ousa insurgir-se contra a podridão de quem nos reina é, quase de imediato mandado calar ou, pelo menos, moderar a análise. Se o não fizer é etiquetado de louco, paranóico, etc., porque os que nos reinam são, na sua grande maioria, pessoas sérias, impolutas! (Há quem acredite nisso...).
Para sublinhar o que acabei de dizer, transcrevo um pequeno excerto da entrevista de um "louco" - Paulo Morais de seu nome - ontem publicada no OJE:

«Não é por acaso que em casos como as parcerias público-privadas a maioria dos ministros das Obras Públicas do regime está a trabalhar em PPP. Ou seja, em nome do Estado fizeram péssimos negócios com privados e ao fim de uns anos foram trabalhar para os privados com quem fizeram esses maus negócios. Ferreira do Amaral lançou o projeto da Lusoponte: é hoje presidente da Lusoponte, que é talvez dos negócios mais ruinosos que o Estado português fez desde sempre. Jorge Coelho foi ministro das Obras Públicas de Guterres, foi trabalhar para a Mota-Engil, foi presidente da empresa durante muitos anos, CEO, e a Mota-Engil é uma das maiores detentoras de PPP em Portugal. A seguir a Guterres veio Durão Barroso, de que Luís Valente de Oliveira era o ministro das Obras Públicas, e onde trabalha hoje? Na mesma Mota-Engil. E não são só ministros. O secretário de Estado de Jorge Coelho, Luís Parreirão, para onde foi trabalhar? Para a mesma Mota-Engil. Almerindo Marques passou diretamente da Estradas de Portugal para a Opway, que era a empresa de PPP do Grupo Espírito Santo, que agora foi naturalmente separada do GES. Isto é uma vergonha. Estão todos na política a fazer maus negócios e depois vão todos trabalhar para as empresas que beneficiaram desses maus negócios.»

Leia a entrevista aqui.

Doutor Paulo Morais
Foto: Armindo Cardoso


quarta-feira, 15 de julho de 2015

Festa Nª Sª dos Remédios


No último fim-de-semana [de julho] (25-26), com a colaboração da paróquia na parte religiosa, decorrerão na nossa aldeia os tradicionais festejos em honra de Nossa Senhora dos Remédios, levados a efeito pelos responsáveis da União de Freguesias de Salvada e Quintos, pelo facto de não haver festeiros que os assumam. Destacamos ao domingo a Santa Missa às 17H30, seguida de procissão, solenizada pela Banda Filarmónica de Moura. Esta “festa” em honra de Nª. Sª. dos Remédios perde-se na poeira do tempo, ou seja, não se sabe exatamente a data precisa em que começou, mas foi-nos deixada pelos nossos ancestrais em louvor da Mãe de Deus. Saibamos respeitar a tradição e, mais um ano, os quintanenses saibam corresponder aos esforços e ao bairrismo dos organizadores deste evento participando massivamente em todos os atos, profanos e religiosos. São dois dias festivos em que a aldeia sai do rotineiro.
Embora a festa seja em honra de Nª. Sª. Dos Remédios, a padroeira é Santa Catarina de Alexandria.
Diácono José Rosa Costa in Boletim Paroquial de Quintos «O Sino» JUL2015



NR - Infelizmente, contrariamente ao que anteriormente acontecia quando Quintos tinha Junta de Freguesia, ninguém nos fez chegar um cartaz da Festa de Quintos. 
Lamentamos.

 

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Registe-se, para mais tarde recordar


Sem delongas, reproduzo o texto que o sr. Embaixador Francisco Seixas da Costa publica no seu blogue 2 ou 3 coisas:
Na História!
Com modéstia, o nosso primeiro-ministro revelou há poucas horas ter sido ele quem gizou a fórmula que permitiu "fechar" o acordo com a Grécia! Há momentos em que um país se arreda da vulgaridade e deixa a sua marca nas tábuas da História universal! São instantes raros, daqueles que apontam caminhos ao mundo, que definem lideranças excecionais. Como disse Herman José no clássico "Bamos lá cambada!", "os portugueses já provaram muitas vezes saberem ser bons fregueses das grandes ocasiões". São instantes de génio, Bojadores, Tordesilhas, Aljubarrotas. Há horas, foi Bruxelas. A Europa estava num impasse, Merkel coçava os punhos do saia-e-casaco, Hollande já só sonhava em ter um capacete para a moto igual ao de Varoufakis, Tsipras fazia as contas a quantas colunas do Partenon teria de passar a patacos. Foi então que deste canto ibérico surgiu, serena, forte, decisiva, a sugestão redentora. Afinal, Portugal, tido por crítico reticente da atitude helénica, dava uma mediterrânica mão a Atenas. E, desta vez, não era Fernando Santos! Terá havido um silêncio respeitoso, contam-nos. Seguido de um aplauso entusiástico! Tusk, por uma vez, nem olhou para Berlim, à espera de instruções, Juncker, rápido, pressentiu o golpe de génio e pediu uma rodada comemorativa. Os copos tilintaram. A glória lusitana, a "trouvaille", o desenrascanço foi brindado. Seria um Porto, um vintage, uma reserva à altura? Quando o líquido chegou à boca sedenta dos líderes houve, contudo, esgares menos agradados. Afinal, era "retsina"!

Francisco Seixas da Costa in 2 ou 3 coisas, 13/07/2015

  
 

Coerentes na fé


Com o título em epígrafe, publica o senhor Diácono José Rosa Costa no Boletim Paroquial de Quintos do corrente mês o seguinte texto que copiámos com a devida vénia:
«A fé é uma adesão pessoal do homem a Deus (…) Para o cristão, ter fé é crer inseparavelmente n'Aquele que Deus enviou “no seu Filho amado” em quem pôs todas as complacências (…) Deus mandou que O escutássemos (…) Podemos crer em Jesus Cristo porque Ele é Deus, o Verbo feito carne... A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural por Ele...»
(CIC 150ss)
Quando falamos em Deus, implicitamente, estamos a falar no Senhor Jesus. Portanto, ter fé é crer em Deus, Trindade Santíssima, é ter confiança em Deus em todas as circunstâncias da nossa vida, mesmo nas adversidades, é convertermo-nos aceitando o Evangelho, é saber cumprir a vontade de Deus e aceitar os Seus desígnios sobre nós. O coração da fé é obra salvífica de Cristo, sobretudo a Sua Morte e Ressurreição. Deus ama-nos, quer sempre o nosso bem e jamais nos abandona. A fé pressupõe compromisso e testemunho. Nenhum de nós pode arrogar-se de ter a “sua” fé. Já o apóstolo Paulo dizia “há uma só fé, um só batismo, um só Senhor”. Por isso deve viver-se em comunhão com os irmãos que professem a fé num único Senhor, num único batismo, unidos na Eucaristia e nos demais Sacramentos. Testemunhar a fé é, ainda, ter a alegria de participar no Eucaristia em comunhão com os irmãos que a vivem em comunidade. Deus faz parte da nossa vida, devemos louvá-l'O na Eucaristia e lembrá-l'O todos os dias e não só quando nos surgem problemas para, então, “pagarmos promessas”. Diz o Santo Padre Francisco: “No Sacramento da Eucaristia encontramos Deus que Se dá a Si mesmo”. O amor de Deus por nós supera qualquer amor humano. O amor de Cristo por nós vai até ao supremo sacrifício da Cruz. «Não há amor maior do que dar a vida...». Que a fé nos ajude a contemplar o amor de Deus por nós e que saibamos ser coerentes no cumprimento do nosso dever de cristãos.
Diácono José Rosa Costa

 

sábado, 11 de julho de 2015

Poema à Mãe


No mais fundo de ti,
eu sei que traí, mãe

Tudo porque já não sou
o retrato adormecido
no fundo dos teus olhos.



Tudo porque tu ignoras
que há leitos onde o frio não se demora
e noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo
são duras, mãe,
e o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas
que apertava junto ao coração
no retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas,
talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa;
esqueceste que as minhas pernas cresceram,
que todo o meu corpo cresceu,
e até o meu coração
ficou enorme, mãe!

Olha — queres ouvir-me? —
às vezes ainda sou o menino
que adormeceu nos teus olhos;

ainda aperto contra o coração
rosas tão brancas
como as que tens na moldura;

ainda oiço a tua voz:
   Era uma vez uma princesa
   no meio de um laranjal...

Mas — tu sabes — a noite é enorme,
e todo o meu corpo cresceu.
Eu saí da moldura,
dei às aves os meus olhos a beber,

Não me esqueci de nada, mãe.
Guardo a tua voz dentro de mim.
E deixo-te as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.


Eugénio de Andrade | 1923 - 2005 |




sexta-feira, 10 de julho de 2015

O elefante


Cada um pinta-o da cor que mais gosta, rosa, azul, branco, às bolinhas amarelas... A imaginação não tem limite.
Há uma cor no elefante (ou o aglomerado de todas elas, uma precisão da física) - o branco - que causa alguma irritação ao decisor político, mas não percebo porquê.
Irrita-se - o decisor, não o elefante - quando lhe dizem que a «obra» que mandou construir é uma aberração que só serve interesses ocultos mas que a maior parte das vezes estão à vista - se não de todos - de muitos.
Enfim...
Noticia hoje o diário espanhol "El País" que o aeroporto de Ciudad Real foi posto à venda em praça mas ninguém lhe pegou. 80 milhões de euros era o valor base.
Este aeroporto começou a funcionar em dezembro de 2008 e encerrou em abril de 2012 por ser um autêntico fiasco.
É uma estrutura para fantasmas.
Nós por cá também temos um paquiderme desta cor...




quinta-feira, 9 de julho de 2015

Silêncio, que tentação!


"O silêncio é a minha maior tentação. As palavras, esse vício ocidental, estão gastas, envelhecidas, envilecidas. Fatigam, exasperam. E mentem, separam, ferem. Também apaziguam, é certo, mas é tão raro!
A plenitude do silêncio só os orientais a conhecem."
Eugénio de Andrade | 1923 - 2005 |




quarta-feira, 1 de julho de 2015

Automóvel sem condutor


É uma realidade que se encontra ao virar da esquina.
Ainda não circulam nas nossas ruas e estradas, mas já existem. Julgo que dentro de poucos anos nos vamos cruzar (e ser conduzidos!) por eles.
Há pouco tempo, um jornal ou revista que não posso precisar, colocava a seguinte questão:
- Estão as seguradores preparadas para segurar os automóveis sem condutor?
A resposta era bastante simples:
- Não.
Ontem, o jornal espanhol El País levantava uma outra questão ainda mais desconcertante:
- Deverá um automóvel sem condutor poder decidir quem morre ou sobrevive num acidente?
Exemplo: "Deverá o automóvel sem condutor sacrificar o seu ocupante virando a direção bruscamente e fazê-lo cair num precipício para evitar matar as crianças que seguem num autocarro escolar que de repente lhe aparece à sua frente em contramão?"
É um dilema.
Os executivos da industria automobilística estão sem soluções e contrataram especialistas das áreas da ética e da filosofia para respostas plausíveis.
Wendell Wallach, investigador do Centro Interdisciplinar de Bioética da Universidade de Yale, defende - e eu concordo - que "o caminho a seguir é criar um princípio absoluto segundo o qual as máquinas não tomarão decisões sobre a vida e a morte".
É um assunto polémico e que muita tinta ainda fará correr.


Boneco em simulacro de travagem autónoma da BMW em Boxberg
Foto: Krisztian Bocsi | Bloomberg